domingo, 27 de dezembro de 2009

Novas da Antártida

Coral raro encontrado por pesquisadores (Imagem: BAS/P. BUCKTROUT)


Um grupo de pesquisadores de vários países, a bordo de um navio de pesquisas britânico, fotografou espécies raras na plataforma continental Antártida.

Peixes, aranhas aquáticas gigantes, polvos e estrelas-do-mar estão entre as espécies raras reveladas em fotografias divulgadas pelo grupo de pesquisa British Antarctic Survey (BAS).

Como parte do estudo internacional que cobre desde a superfície até o fundo do mar da região, a equipe de pesquisadores de toda a Europa, Estados Unidos, Austrália e África do Sul coletou amostras de criaturas marinhas da região oeste da Antártida, uma das áreas marinhas cujo aquecimento é o mais rápido do mundo.

"Poucas pessoas percebem como a biodiversidade oceânica do sul é rica, até mesmo uma simples pesca com rede já revela uma variedade fascinante de criaturas esquisitas e maravilhosas", disse o líder da expedição de pesquisa David Barnes, da BAS.

"Potencialmente, estes animais são ótimos indicadores de mudanças ambientais, pois muitos vivem nas águas rasas, que estão mudando rapidamente, mas também em águas profundas, que vão se aquecer mais lentamente. Agora podemos ter melhor compreensão de como o ecossistema vai se adaptar para mudar."

O pesquisador acrescentou que o estudo realizado na região da Península Antártida demonstrou que algumas espécies são incrivelmente sensíveis a mudanças na temperatura.

Uma das espécies mais comuns na região, encontrada pelos pesquisadores, foi o pepino-do-mar, que tem um papel muito importante no processamento de sedimentos no fundo do mar e que está ameaçada pela expansão das áreas de pesca.

Outra espécie estudada pelos pesquisadores foi o krill, um pequeno crustáceo que é o principal alimento de pinguins, focas e baleias.

Os pesquisadores descobriram grandes variações nas espécies vivendo em uma área relativamente pequena.

"Mudanças na superfície da Terra afetam diretamente o oceano e os animais marinhos. Por exemplo, a aceleração do derretimento das geleiras, o colapso destas geleiras e o encolhimento do gelo marinho no inverno, tudo parece causar impacto na vida marinha. Queremos entender estes impactos e quais as suas implicações para a cadeia alimentar", afirmou a bióloga do BAS Sophie Fielding.

Fonte: UOL Notícias; BBC Brasil

sábado, 26 de dezembro de 2009

Espécies de mamíferos no DF podem desaparecer nos próximos 50 anos

Os dados foram revelados por estudo da Universidade de Brasília. A urbanização desordenada é a principal causa do problema.
Estudos indicam que as unidades de conservação — que englobam, entre outras, parques nacionais, reservas biológicas e extrativistas — são o melhor mecanismo de proteção do habitat dos animais silvestres. Porém, segundo uma pesquisa da Universidade de Brasília (UnB), a fragmentação dessas áreas, em especial a do cerrado do Distrito Federal, pode levar à extinção local de aproximadamente 10 espécies de mamíferos nos próximos 50 anos, caso medidas efetivas não sejam colocadas em prática. A falta de conexão entre as unidades de conservação, que contribui para o isolamento cada vez maior dos animais em ambientes menores, é o principal motivo para o possível sumiço de espécies como a anta (Tapirus terrestris), o veado-mateiro (Mazama americana) e a sussuarana (Felis concolor).

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Os verdadeiros assassinos do mar

Tubarão retalhado (Imagem: Andi Voeltz)

Finning é uma prática de pesca cruel e destrutiva, na qual o tubarão é capturado e suas barbatanas cortadas. O resto do animal é jogado de volta ao mar, onde acaba morrendo. A cada ano, o número de tubarões mortos por esta prática chega a 100 milhões. As barbatanas de tubarão são consideradas uma iguaria em algumas partes do mundo, principalmente no leste asiático, onde uma sopa das mesmas pode chegar a valer 100 dólares, tornando este tipo de pesca um grande negócio. Com o aumento populacional na Ásia, esta atividade se torna cada vez mais comum.


Nos últimos anos, alguns países, como os Estados Unidos, já proibiram o finning de tubarões. Mas esta proibição é muito difícil de ser implementada em outros locais, principalmente porque esses peixes migram regularmente entre as fronteiras internacionais. A retirada das barbatanas é, no entanto, ainda praticada em muitas partes do mundo, entre pontos extremos, como a América do Sul e a Austrália, contribuindo para o declínio das espécies. O tubarão-azul, por exemplo, está em grave perigo de extinção – algumas autoridades estimam que 90% das barbatanas retiradas são desta espécie.


Barbatanas secando ao sol (Imagem: DCI; Seapics.com)

No caso do Brasil, embora o finning seja proibido, há uma brecha na lei que o permite se o restante da carcaça for aproveitada. Resumindo: o comércio de todo o tubarão (cação), encobre o crime de corte das barbatanas. E já que estas são o alvo dos pescadores, o preço final do que é destinado à nossa população é reduzido, haja vista que ela se alimenta do "resto" do peixe, o que só contribui para a pesca predatória.

Fonte: Discovery Brasil

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Aquecimento Global

AJUDEM A SALVAR NOSSO QUERIDO PLANETA

O Brasil vai levar para a Conferência do Clima de Copenhague (Cop 15) o compromisso de reduzir suas emissões de gases que provocam o aquecimento global entre 36,1% e 38,9% em relação ao que o País emitiria em 2020 se nada fosse feito.

No cenário internacional, porém, o compromisso brasileiro é, até agora, o mais audacioso dos países em desenvolvimento. A China já anunciou diversas ações para reduzir suas emissões, mas ainda não falou em números.

Segundo o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, a meta é mais forte até que a de alguns países desenvolvidos, como os Estados Unidos. Para ele, só com a redução do desmate o País vai diminuir as emissões numa ordem de grandeza equivalente ao que está sendo proposto pelos americanos.

Para atingir o objetivo, o governo federal pretende reduzir o desmatamento da Amazônia em 80% e, pela primeira vez, falou em cortar o desmate no Cerrado em 40%. Há medidas ainda na área de agropecuária, energia e siderurgia.

Os países em desenvolvimento, de acordo com a Convenção do Clima da ONU, não são obrigados a adotarem metas. Porém, as nações industrializadas pressionam os emergentes, grandes emissores de gases-estufa, para que também apresentem objetivos concretos.

Segundo cientistas, um aumento de mais de 2°C na temperatura do planeta será desastroso - haverá mais temporais e maior desertificação. Por isso, é preciso reduzir as emissões de gases-estufa - o principal deles é o CO2 - provocadas pelas atividades humanas.

Novos dados sobre as emissões mundiais de CO2 (dióxido de carbono, principal gás causador do efeito estufa) indicam que o planeta está a caminho de esquentar 6°C neste século, se não houver um esforço concentrado para diminuir a queima de combustíveis fósseis.

O degelo está se acelerando na segunda maior massa de gelo do mundo, a Groenlândia, que nos últimos nove anos perdeu 1,5 trilhão de toneladas de água- o suficiente elevar o nível do mar em mais de 4 milímetros.


quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Amazônia

A floresta amazônica é um dos pontos principais das discussões sobre as mudanças climáticas porque, caso continue sendo devastada, causará emissões significativas de gases de efeito estufa.
Que a mata constitui um imenso reservatório de carbono já se sabe há muito tempo. Mas a pesquisadora Outi Lähteenoja, da Universidade de Turku, na Finlândia, junto com outros cientistas, iniciou estudos que apontam que a região pode ter um outro dreno importante de carbono: as turfeiras.
Tratam-se de ecossistemas com água parada onde folhas e troncos de árvores que caem no chão não se decompõem completamente porque falta oxigênio para que os microorganismos trabalhem. Assim, o carbono que contêm não é liberado para a atmosfera.


Parece uma só floresta, mas a Amazônia não é um tapete verde que se perde no horizonte. É mata de terra firme, floresta alagada, campo natural, é a maior bacia hidrográfica do mundo com 20% da água doce do planeta.
Uma em cada três espécies de árvore do planeta se encontra lá, sem falar na variedade de plantas, pássaros e os rios com cerca de três mil tipos de peixes, do minúsculo Cardinal ao gigante Pirarucu. 17% da Amazônia já viraram fumaça, deram lugar a pastos e lavouras. Em contrapartida, a preocupação com o bioma aumentou e a vigilância também. Os índices do desmatamento, que é monitorado por satélite, repercutem no mundo inteiro e indicam queda no ritmo da devastação. "A Amazônia é fundamental para o mundo e é o passaporte para o Brasil no século XXI. O Brasil vai se tornar uma potência no século XXI graças à Amazônia, pelo que ela tem de diferencial no planeta. Ninguém tem uma floresta tão importante, tão vital para o planeta como o Brasil tem."


Fonte: G1