sábado, 30 de janeiro de 2010

Lira natural

Existem duas espécies de Pássaro Lira (Menura novaehollandiae e Menura alberti) e ambas são encontradas na Austrália. Mas o peculiar é o canto desta ave.

No vídeo abaixo, David Attenborough apresenta o
Menura novaehollandiae e sua magnífica sequência de sons.

O pássaro emite sons complexos para impressionar parceiras em potencial. Aperfeiçoando a riqueza de detalhes sonoros, a ave copia cantos de outros pássaros, e até mesmo barulhos de câmeras fotográficas, alarmes de carro e motosserras.

As imitações do Lira são tão boas que enganam pássaros de outras espécies.


Fonte: gluon.com.br; Wikipédia

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Cores dinossáureas

Cientistas identificaram pela primeira vez a cor de um dinossauro. O Sinosauropteryx possuía cerdas simples, percussoras das penas, em um tom alaranjado com listras brancas na cauda.

Reconstrução de como seria o Sinosauropteryx (Imagem: AP Photo/University of Bristol/Jim Robins)

A pesquisa da Universidade de Bristol, na Inglaterra, ajuda ainda a descobrir a função original das penas. “Se elas foram usados para voar, para isolamento térmico ou para serem vistosas. Sabemos agora que as penas vieram antes das asas, assim as penas não são originalmente para voar”, diz Mike Benton, professor de Paleontologia da Universidade.

Segundo ele, isto mostra que as penas surgiram inicialmente como agentes para mostrar cores. As funções de termoregulação e facilitadora para o voo só viriam depois.

Os pesquisadores identificaram dois tipos de melanossomas, organelas presentes nos pelos e penas dando sua coloração. Como é uma parte da estrutura da proteína dura da pena, a melanossoma sobrevive com a pena, mesmo por centenas de milhões de anos.

Estas descobertas confirmam que as aves evoluíram de uma longa linhagem de dinossauros carnívoros. Elas também demonstram que a evolução foi passo a passo durante 50 milhões de anos, durante os períodos Jurássico e Cretáceo.

Fonte: UOL

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Desmatamento de Florestas

O desrespeito e a depredação da natureza provocam consequências desastrosas.
A destruição de florestas e o aquecimento global propiciam a propagação de doenças transmitidas por mosquitos, como a dengue e a malária.

Ao invadir florestas o homem entrou em contato com vírus que não conhecia, como o HIV da aids, que espalhou-se pelo mundo a partir da caça de chimpanzés na selva africana.

Na Europa, EUA e em várias partes do mundo, florestas foram devastadas em nome do próprio progresso, para dar lugar a plantações, pastos, cidades, indústrias, usinas, estradas, etc.

Quatro dos biomas mais ricos do planeta estão no Brasil: Mata Atlântica, Cerrado, Amazônia e Pantanal.
No mundo inteiro, cerca de 13 milhões de hectares de florestas são perdidos todos os anos, principalmente na América do Sul e África. O Brasil foi o país onde mais se devastaram florestas entre 2000 e 2005. (FAO)

Parar de comer carne pode salvar o planeta?

Um artigo do The New York Times, traduzido pelo portal UOL, relata manifestações pró-vegetarianismo aproveitando o momento da COP-15, conferência que ocorreu no último mês, e a opinião dos produtores de carne no debate. Confira:

As virtudes do vegetarianismo como parte do combate à mudança climática estão longe de ser uma questão apenas para aqueles com inclinação espiritual. Muito antes do encontro de cúpula em Copenhague, o aumento da demanda por carne e laticínios, particularmente entre a crescente classe média de países como China e Índia, fez com que os elos entre a mudança climática e a política alimentícia se transformassem em um elemento importante no debate em torno do que fazer a respeito do aumento dos níveis dos gases do efeito estufa.

O assunto pareceu ganhar força nas semanas que antecederam a conferência em Copenhague, com figuras proeminentes dos mundos da ciência e do entretenimento entrando na briga.

Falando no Parlamento Europeu no início de dezembro, o ex-Beatle Paul McCartney disse que há uma necessidade urgente de fazer algo a respeito da produção de carne, não apenas por causa de seus efeitos sobre o clima, mas também por causa de questões relacionadas, como desmatamento e segurança das reservas de água. McCartney, que há muito defende o vegetarianismo, pediu aos legisladores europeus que apoiem políticas que encorajem os cidadãos a evitar comer carne pelo menos um dia por semana, algo que poderia virar tão comum como reciclagem ou carros que rodam com tecnologia híbrida.

McCartney estava acompanhado no Parlamento por Rajendra Pachauri, ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 2007 e presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, principal entidade da ONU que estuda o clima. A conscientização pública dos problemas associados à carne é baixa, e as autoridades poderiam considerar impor uma sobretaxa sobre a carne bovina para desencorajar o consumo, disse Pachauri em comentários divulgados pela agência de notícias France-Presse.

Os produtores de carne imediatamente rotularam os comentários como um ataque à indústria e críticas vieram até de lugares tão distantes quanto a Nova Zelândia. "Cortar a carne por um dia pode parecer uma solução simples, mas há pouca evidência mostrando qualquer benefício", disse Rod Slater, o presidente-executivo da Beef and Lamb New Zealand, para a associação de imprensa do país.

"Sugerir que a carne não é verde é uma difamação emotiva contra uma indústria que continua investindo em pesquisa, lutando por maiores melhorias", acrescentou Slater, dizendo que as pessoas que vivem na Nova Zelândia obtêm suas necessidades nutricionais diárias e grande parte de suas proteínas, zinco e vitamina B12, da carne bovina e de carneiro.

De fato, como várias outras áreas de pesquisa na ciência climática, a intensidade dos gases do efeito estufa na produção de carne é contestada. Quando um estudo na edição de novembro-dezembro da revista World Watch alegou que mais da metade dos gases produzidos pelo homem e que aquecem o planeta eram causados pela indústria da carne, um grupo de pesquisa do setor rebateu que um estudo da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) já tinha mostrado que o número relevante era mais próximo de 18%.

O estudo publicado na World Watch fracassou em "realçar os contrafatuais - como, por exemplo, seria um mundo sem rebanhos domesticados", escreveu Carlos Sere, diretor-geral do Instituto de Pesquisa Internacional de Rebanhos, em Nairóbi, na Green Inc. (coluna do jornal The New York Times) em novembro.

Gado alimentado no pasto pode ter uma pegada de carbono muito menor do que aquele alimentado com ração em confinamento, porque os animais em pastos exigem menos insumos baseados em combustíveis fósseis como fertilizantes e porque eles ajudam o solo a sequestrar carbono.

Esforços renovados estão em andamento para se chegar ao fundo do assunto. No início deste mês, a Organização Mundial para a Saúde Animal disse que estudaria o efeito da produção de carne sobre a mudança climática, diante dos pedidos de seus países membros.

"É uma questão que precisa ser estudada com bastante isenção", disse Bernard Vallat, o diretor-geral da organização, em uma coletiva de imprensa segundo a agência de notícias Reuters. "Nós queremos dar uma contribuição modesta e independente". Vallet disse que uma das questões mais espinhosas é como envolver a agropecuária nos esforços para reduzir os gases, mantendo ao mesmo tempo a segurança alimentar. Sere, do instituto de pesquisa dos rebanhos, reconheceu a necessidade do desenvolvimento de uma forma de produção de rebanhos entre a pecuária industrial e familiar, que eliminaria a pobreza sem esgotar os recursos naturais ou prejudicar o clima: "A maior preocupação de muitos especialistas em relação aos rebanhos nos países em desenvolvimento não é seu impacto sobre a mudança climática, mas, sim, o impacto da mudança climática sobre a produção dos rebanhos".

Os "ambientes tropicais mais quentes e mais extremos que estão sendo previstos não ameaçam apenas até um bilhão de meios de vida baseados na pecuária, mas também o suprimento de leite, carne e ovos para as comunidades famintas que mais necessitam desses alimentos", ele disse.

Fontes: NYT; UOL; Dom Total

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Decepção ambiental, política e turística

Essa notícia é do começo do ano:

Uma limiar de outubro de 2009, que autorizava três edifícios da orla marítima de Maceió - Varandas do Mar, Granada e Mansão Lazar Segal - a continuar lançando esgoto no mar foi cassada no último dia 6. A nova decisão possibilitará, segundo a Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente, intensificar a fiscalização na área, sobretudo nesta época do ano, quando a quantidade de turistas na capital é maior.

Admito não entender muito de leis, processos, ou qualquer coisa relacionada à área. Mas gostaria de entender o porquê de alguém (juiz) assinar uma limiar autorizando despejo de esgoto não-tratado no mar, indo contra as normas ambientais. Estou aberto a justificativas.

Outra coisa: os edifícios citados acima estão localizados na parte mais "bem-cuidada" da cidade. Assim, tenho quase certeza que a seus construtores, administradores e moradores não faltam fundos que poderiam pagar pelo tratamento privado desse esgoto, já que o poder público falha lamentavelmente em oferecer o serviço. No final das contas, essas pessoas pagam por um imóvel hipervalorizado pra quê?

Situação das praias em Maceió

Fonte: Alagoas 24 Horas (matéria em azul); gazetaweb.com (vídeo)

sábado, 16 de janeiro de 2010

Descoberta da primeira aranha vegetariana


Essa aranha foi descoberta por estudiosos americanos. Ela rouba alimentos de formigas localizadas em árvores.

A Bagheera kiplingi é a única dentre as 4.000 espécies conhecidas que sobrevive baseada numa alimentação herbívora. Ela é do tamanho de um polegar e foi descoberta em 1896.Recentemente foi revelado que sua alimentação é 90% composta de folhas, apesar de ocasionalmente complementada com alguma pequena larva de formiga.

O animal vive principalmente em árvores de acácia no México e na Costa Rica, além de apresentar uma forma diferente de obter alimento. As aranhas comuns fazem teias para capturar a presa ou alimento, enquanto que a vegetariana rouba pequenos pedaços de plantas de formigas.

Segundo Curry, há várias razões para o motivo porque esta aranha se terá afastado das refeições carnívoras: "A competição nos trópicos é feroz logo há vantagens em fazer o que mais ninguém está a fazer. Elas são aranhas-saltadoras logo não constroem teias para apanhar alimento, têm que perseguir as presas.

As acácias também produzem folhas todo o ano, mesmo na estação seca, o que as torna atraentes como fonte de alimento. Curry acrescenta: "Como as acácias são protegidas pelas formigas, não têm nenhuma das defesas químicas que a maioria das outras plantas tem."

Oswald Schmitz, um especialista da aranha na Universidade de Yale, disse à revista americana The Scientist que essa dieta vegetariana é positiva para esses animais.

- É muito complicado para as aranhas por que o sucesso durante a captura de outros animais como alimentos é bastante baixo.

Meehan conta que uma dieta vegetariana pode também incentivar as aranhas a ter uma cooperação territorial porque famílias inteiras partilham os ninhos onde estão as folhas e os machos defendem esses locais de ataques de formigas.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

A origem (de algumas) das espécies (marinhas)

Os recifes de coral foram responsáveis pela geração de mais formas de vida animal do que todos os outros habitats marinhos juntos, conclusão de uma análise de mais de 6000 fósseis de invertebrados marinhos bentônicos (organismos associados ao solo marinho). O estudo foi feito pelo Leibniz Institute for Research on Evolution and Biodiversity, na Universidade de Humboldt, em Berlim.

Recifes são conhecidos por abrigar grande variedade de organismos, mas desde os anos 70 havia dúvida se esses forneciam as condições ideais para o surgimento de novas espécie ou simplesmente as atraíam de outros locais. Até agora, a segunda hipótese era a que prevalecia.

"Nossa nova descoberta sugere que o oposto é que é verdadeiro", diz Wolfgang Kiessling, pesquisador do instituto.

"Quando perdemos nossos corais, perdemos não apenas a fonte de vida mais bela do oceano, mas também a chance de recuperar as espécies que estão fadadas a desaparecer na futura crise de biodiversidade."

O time de Kiessling procurou pelos primeiros registros fossilizados de 6615 tipos de animais, incluindo ostras, lesmas, trilobitas, caranguejos e corais, para descobrir de onde haviam surgido. Os fósseis datavam do período Cambriano, cerca de 540 milhões de anos atrás.

Dos organismos analisados, 22% se originaram em ou próximo de corais, mas ao analisar o número de outros ambientes marinhos em relação ao de recifes, Kiessling concluiu que a verdadeira proporção deve chegar aos 60 por cento. Daqueles que evoluíram nos recifes, cerca de 65% dos animais foram então "exportados" para outros habitats.

Apesar da descoberta, ainda não é claro por que os recifes são esses geradores prolíficos de biodiversidade.

Fontes: newscientist.com; cancuncd.com (imagens)

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A próxima vítima-planeta sustentável

Como salvar o atum-azul

Uma nova técnica, que permite sua reprodução em cativeiro, pode garantir a sobrevivência de uma espécie ameaçada pela globalização do sushi e do sashimi.

O atum-azul é um peixe magnífico. Pode chegar a 4 metros de comprimento, pesar 700 quilos, nadar à velocidade de 70 quilômetros por hora e viver quarenta anos. Sua carne vermelha, macia e saborosa, fez dele o pescado mais apreciado da culinária japonesa. A dúvida é se o atum-azul sobreviverá à globalização do sushi e do sashimi. Estima-se que a pesca predatória tenha reduzido o estoque desse peixe a somente 10% do existente há cinco décadas. Nesse ritmo, segundo alguns cálculos, o atum-azul pode estar extinto em apenas cinco anos. É quase certo que, quando for atualizada em março, a Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção inclua o atum-azul na lista das espécies ameaçadas. O efeito prático dessa medida, que tem o apoio dos Estados Unidos e da União Europeia, seria a imposição de uma moratória de dois anos na pesca. Nada disso garante a sobrevivência do atum-azul.

Entre a captura e a venda, o comércio de atum-azul movimenta um volume impressionante de 1 bilhão de dólares por ano. Só existe uma forma reconhecida de preservar uma espécie marítima e, ao mesmo tempo, manter o mercado abastecido: sua criação em cativeiro.Foi o que salvou o salmão. Hoje, dois terços do consumo mundial saem de fazendas aquáticas, reduzindo a pressão sobre o estoque de salmão na natureza. O que impediu até agora que o mesmo fosse feito com o atum-azul foi seu comportamento, muito mais complexo que o de outras espécies criadas em fazendas. Para começar, ele vive em migração permanente. Ao contrário da maioria dos peixes, o atum-azul precisa nadar constantemente (inclusive quando está dormindo) para respirar pelas guelras. Estima-se que cada cardume viaje 10 000 quilômetros por ano. O peixe também é exigente com a alimentação. Não aceita ração e só come alimentos vivos, como sardinha, e em grande quantidade. São 20 quilos de peixes menores para cada quilo de seu próprio peso. Em comparação, o salmão come um décimo dessa proporção.

Os cientista japoneses da universidade de kinki, estão ajudando a criar uma técnica para reproduzir o atum-azul em fazendas. A técnica para induzir peixes adultos a se reproduzir por meio de tratamento hormonal também foi desenvolvida pelos japoneses de Kinki. O primeiro resultado experimental, obtido em março, foi um sucesso: recolheram-se 50 milhões de ovos. Se cada um deles resultasse em um peixe adulto, haveria o suficiente para suprir a demanda mundial por onze anos. A segunda desova está prevista para janeiro. Desta vez, os alevinos serão criados nos tanques com simulação de uma migração. Quando estiverem próximos à fase adulta, eles serão levados para tanques-rede nos oceanos até a hora do abate. A expectativa da empresa é já dispor de 250 000 peixes em 2015 – volume equivalente a toda a produção da Austrália no ano passado.Se der certo, pode ser a salvação desse animal, cujas rotas de migração no Mar Mediterrâneo (seu principal habitat) e nos oceanos Pacífico e Atlântico são bem conhecidas pelos pescadores. Como os cardumes são localizados com a ajuda de satélites, aviões e aparelhos de sonar, o atum-azul não tem chance de escapar de seus predadores humanos. De cada 10 quilos pescados, 8 vão para o Japão. No Brasil, contam-se nos dedos os restaurantes com a iguaria no cardápio. Aqui, são utilizadas outras quatro espécies de atum: albacora-bandolim, atum-branco, atum-amarelo e albacorinha. Por não viverem em águas frias como o atum-azul, essas espécies não têm o alto teor de gordura que dá sabor ao peixe. A prova mais clara dessa diferença é o preço: o atum-branco, mais comum no Brasil, custa menos de 10 reais o quilo.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Morango do mar

Com pequenas protuberâncias brancas pontilhando a carapaça vermelha, o caranguejo lembra um morango (Imagem: National Taiwan Ocean University/AP)

A Universidade Nacional de Oceanografia de Taiwan anunciou a descoberta de uma nova espécie de caranguejo. Com o nome científico de Neoliomera pubescens, o animal foi encontrado na costa sul do país pelo biólogo marinho Ho Ping-ho.

O organismo possui
corpo vermelho e pintas brancas, características nunca vistas em espécies semelhantes e que lhe deram o nome de caranguejo-morango.

A nova espécie vive em áreas próximas do Havaí, Polinésia e das Ilhas Maurício, no oceano Pacífico.

Os dois exemplares descobertos morreram pouco tempo depois, possivelmente devido à
contaminação da água por um navio cargueiro que passou perto do local onde viviam.

Fonte: ionline.pt