domingo, 28 de fevereiro de 2010

Reunião das Américas (JA10)

Em Foz do Iguaçu, nos dias 8 a 13 de agosto de 2010 acontecerá a Reunião das Américas. Evento formado por 25 sessões temáticas nas áreas das ciências geofísicas. Uma das sessões será dedicada a Sistemas de Observação Regional dos Oceanos nas Américas.

Veja:

Descrição da Sessão: Sistemas de Observação Regional dos Oceanos nas Américas

Os Sistemas de Observação Regional dos Oceanos já estão em funcionamento nas Américas. Os dados são utilizados diretamente e assimilados por modelos numéricos para reduzir riscos de ameaças associadas a oceanos incluindo toxinas originárias na água, ondas de tempestades, inundações costeiras, transportes marinho inseguro e mudanças no ecossistema marinho. Estes sistemas foram desenvolvidos para atender às necessidades regionais, mas ainda há muito a ser aprendido por meio do compartilhamento de histórias bem-sucedidas. As submissões de trabalhos podem ser sobre aspectos físicos, bioquímicos e biológicos dos sistemas regionais dos oceanos das Américas, com foco nos resultados científicos atingidos em benefício social.

Fonte:

http://www.unesco.org/pt/brasilia/single-view/news/2010_meeting_of_americas_call_for_abstracts/back/9669/cHash/e0757ce1c4/

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Pandora é aqui

Saudações a todos os leitores do Antena Ecológica! Vocês já devem ter percebido (espero!) que estou há alguns dias sem postar, isso porque acabo de me mudar para SP e só agora consegui acesso à internet. Peço desculpas pela ausência, mas já trago novidades ao blog. Finalmente!

No filme Avatar, o povo Na'vi possui a habilidade de se ''conectar" a uma rede que liga todos os elementos da biosfera. Mas pesquisadores podem ter encontrado um paralelo à essa rede em nosso mundo: sulfobactérias que vivem em sedimentos abaixo do solo oceânico.

Imagem: 20th Century Fox

Alguns cientistas acreditam que essas bactérias são conectadas por uma rede de nanofios microbióticos. Esses finos filamentos proteicos poderiam lançar elétrons de um lado para outro, permitindo que comunidades de bactérias agissem como um único superorganismo. Agora, Lars Nielsen e sua equipe, da Aarhus University, na Dinamarca, encontraram evidências que apoiam essa teoria.

"A descoberta foi quase mágica", disse Nielsen. "Vai de encontro a tudo que sabemos até agora. Micro-organismos podem viver em simbiose elétrica por grandes distâncias."

Muitas bactérias marinhas geram energia oxidando o gás sulfeto de hidrogênio, comum nos sedimentos oceânicos. Para isso, os organismos precisam de acesso ao oxigênio na água, que "captura" os elétrons vindos da quebra da molécula do sulfeto.

Nielsen obteve amostras de sedimentos ricos em bactérias vindos do solo marítimo próximo a Aarhus. No laboratório, a equipe retirou, e depois devolveu oxigênio às mesmas. Para a surpresa de todos, as medições de sulfeto de hidrogênio revelaram que bactérias vários centímetros abaixo da superfície da água iniciaram a quebra do gás bem antes que o oxigênio reintroduzido chegasse a elas (Revista Nature).

Acredita-se que uma rede de proteínas condutoras entre as bactérias seja o que torna isso possível, permitindo que a reação de oxidação ocorra a uma distância remota do oxigênio que a sustenta. Os fios transportam elétrons das bactérias em áreas mais fundas e pobres em oxigênio até as que estão na superfície do solo oceânico, região mais rica no gás. Os elétrons são então passados ao O2, que reage com íons de hidrogênio para formar água, terminando o processo.

Diagrama explica a reação (clique aqui para aumentar a imagem)

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Natureza entiquetada


Um banco de dados monumental que funcione como um código de barras para identificar toda a diversidade biológica que existe.

Funcionaria assim: os pesquisadores sequenciam um trecho bem pequeno do DNA - por volta de 650 pares de bases - e inserem no banco de dados, junto com fotos e informações diversas. Os botânicos entraram este ano num acordo sobre os trechos específicos a serem usados.

Para animais, o marcador que parece funcionar melhor é um chamado CO1. O truque é encontrar trechos que existam em todos os organismos que se pretende comparar, com variabilidade suficiente para que cada espécie tenha um código de barras único. Funciona bem para vários bichos, conforme mostraram participantes do simpósio. Para plantas, nem tanto.

Como ainda há muitas espécies sem nome na maior floresta brasileira, os códigos de barras dariam origem a um diagrama do tipo árvore genealógica, mas sem nomes nas pontas dos ramos.

O mais legal mesmo foi ouvir sobre as aplicações diversas dos códigos de barras, que têm potencial de responder perguntas até agora impenetráveis, e de reunir pesquisadores de diversas áreas como geneticistas, taxonomistas, ecólogos, parasitologistas etc. Muito mais do que fazer catálogos da diversidade biológica, a ferramenta permite ter uma ideia de associações ecológicas entre espécies e comparar as comunidades de espécies entre regiões diferentes.

As aplicações de se enxergar uma diversidade que os olhos não veem são inúmeras, por isso os códigos de barras têm potencial de abrir as comportas da imaginação dos pesquisadores.

Os organizadores de consórcios internacionais, como o iBOL, o CBOL e outros, estão se esforçando para pôr o Brasil dentro de seus barcos. Em muitos casos a impressão que dá é que, na visão deles, os parceiros brasileiros se limitariam a mandar amostras da riqueza biológica destas bandas. Acho que eles repararam que não é bem assim: o pessoal daqui sabe fazer ciência com as próprias mãos, só falta quem organize e quem financie uma iniciativa de ampla escala por aqui.

Fonte: Science blogs

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Arte com bactérias fluorescentes



A placa acima foi criada com uma diversidade de bactérias fluorescentes, e ilustra uma praia de San Diego, com o uso de 8 diferentes cores de proteínas fluorescentes.

Este tipo de técnica facilita a visualização sob luz ultravioleta de processos biológicos que normalmente não seriam facilmente visíveis, como, por exemplo o crescimento de tumores, progressão do mal de Alzheimer ou precimento de bactérias.

A diversidade de cores foi obtida por mutações da original proteína fluorescente verde (GFP), composta por 238 aminoácidos, originalmente isolada de uma água-viva (Aequorea victoria).


fonte: www.gluon.com.br

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Fauna Brasileira

Aqui vai alguns nomes da nossa rica fauna: 55 mil espécies de plantas com sementes, 530 de mamíferos, 1,8 mil de aves, 800 de anfíbios, 680 de répteis e cerca de 3 mil de peixes. E a cada ano mais ou menos 1,5 mil espécies são encontradas a cada ano.

Anfíbios:
* Sapo-garimpeiro (Dedrobates tinctorius)
* Perereca-de-pijama (Hyla goiana)
* Perereca-castanhola (Itapotihyla langsdorffii)

Insetos:
* Louva-a-deus (Mantis religiosa)
* Mariposa (Rothschildia cf. aurota)
* Grilo (Gryllotalpa gryllotalpa)

Aves:
* Arapapá (Cochlearius cochlearius)
* Garça-branca-grade (Ardea alba)
* Garça-branca-pequena (Egretta thula)
* Jaburu ou Tuiuiú (Jabiru mycteria)
* Socó-boi (Tigrisoma lineatum)
* Ararajuba (Guaruba guarouba)
* Tachã (Chauna toquata)
* Urubu-rei (Sarcoramphus papa)
* Mocho-diabo ou coruja-diabo (Asio stygius)
* Jacutinga (Aburria jacutinga)

Mamíferos:
* Golfinho-pintado-do-pântano (Stenella frontalis)
* Boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis)
* Capivara (Hydrochaeris hydrochaeris)
* Anta (Tapitus terrestris)
* Tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla)
* Ouriço-cacheiro (Coendou prehensilis)
* Mão-pelada (Procyon cancrivorus)
* Caxinguelê (Guerlinguetus ingram)
* Tatu-galinha (Dasypus novemcinctus)
* Lobo-guará (Chrysocyon brachyurus)
* Onça-pintada (Panthera onca)
* Suçuarana (Puma concolor)
* Macaco-prego-do-peito-amarelo (Cebus apellla xanthosternos)
* Mico-leão-dourado (Leontopitechus rosalia)
* Peixe-boi-marinho (Trichechus manatus)

Répteis:
* Cobra-papagaio, ou periquitamboia (Corallus caninus)
* Iguana-verde (Iguana iguana)
* Tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata)
* Jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris)

Peixes:
* Piraputanga (Brycon microleps)
* Cardinal, ou néon (Paracheirodon axelrodi)
* Tucunaré (Cichla SSP)

Crustáceos:
* Maria-preta (Goniopsis cruentala)


Fonte: National Geografic

sábado, 6 de fevereiro de 2010

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Anticongelante é segredo de animais que sobrevivem ao frio


Quando um anticongelante natural é melhor que um casaco de inverno Enquanto a temperatura despenca ao ponto mais baixo do ano, aqueles de nós que vivem em latitudes mais altas se recolhem a abrigos aconchegantes.

A ameaça à vida nas baixas temperaturas não é o frio, mas o gelo. Já que células e corpos se compõem primordialmente de água, o gelo pode ser letal porque sua formação perturba o equilíbrio entre os fluidos externos e internos das células, o que resulta em encolhimento celular e dano irreversível a tecidos.

Os insetos desenvolveram múltiplas maneiras de evitar congelamento. Uma estratégia é escapar de vez ao inverno. Borboletas como a monarca migram para o sul. Uma ótima solução, mas a capacidade é rara. A maioria dos insetos permanece em seu habitat de origem, e precisa encontrar outra forma de evitar congelamento. Eles fogem ao gelo rastejando para buracos ou fendas por sob a cobertura de neve ou linha de congelamento, ou, como algumas larvas de insetos, hibernam nos fundos de lagos que não se congelem de todo.

Mas muitos insetos e outros animais se defendem contra a exposição direta a temperaturas abaixo de zero por meio da engenhosidade bioquímica, ou seja, produzem anticongelantes.

O primeiro anticongelante de origem animal foi identificado décadas atrás no plasma sanguíneo de peixes da Antártida, por Arthur DeVries, hoje na Universidade do Illinois, e seus colegas. Os mares antárticos são muito frios, com temperaturas da ordem de menos dois graus. A água é salgada o suficiente para que se mantenha líquida a alguns graus abaixo da temperatura de congelamento da água fresca.

A necessidade de evitar o congelamento de fato foi mãe de muitas invenções evolutivas. Essa nova descoberta torna mais provável que tenhamos truques químicos a aprender dos métodos de proteção contra o frio extremo usados por insetos.

E a questão não envolve apenas entomologia ártica esotérica. Um desafio persistente para a preservação de órgãos humanos é exatamente o problema que esses insetos resolveram - como congelar tecidos por um longo período e depois degelá-los sem dano. Equipes de pesquisa agora estão estudando como aplicar percepções ganhas no mundo animal às salas de cirurgia.


fonte: the new york times
site tradutor: notícias terra.com

Algumas verdades sobre o degelo


Derretimento dos icebergs causa aumento do nível do mar?


Vemos em várias revistas essa afirmação, mas a ciência confirma?


Este fragmento foi tirado do site:


http://pedroseverinoonline.blogspot.com/2008/01/aquecimento-global-o-real-e-o_06.html


Agora, Hipoteticamente falando, segundo alguns estudiosos da ciência oceanográfica, conjeturam, mesmo que todas as calotas polares e os icebergs existentes nos círculos polares, ártico e antártico, se descongelassem, os níveis dos mares e oceanos, subirão até 6m(seis) metros.Isto naturalmente, seria impossível, até porque para de fato, isto acontecesse um dia, seria preciso que a temperatura do Meio Ambiente Global subisse até 40(quarenta) graus Celsius, que seria o Apocalipse da Humanidade e de toda biodiversidade, principalmente dentro dos trópicos.Outro pensamento equivocado se refere aos degelos das calotas polares e os icebergs, é que os estudiosos (oceanógrafos), não estão levando em consideração o princípio físico/químico, intrínseco, entre a massa liquida (água) e a massa sólida (gelo), existente no Principio da Hidrostática da Mecânica dos Fluidos. A água em estado sólido é menos densa que a água liquida (água sólida tem densidade de 0.91g/cm³ e a água liquida tem densidade de 1g/cm³). Por isso o gelo flutua na água liquida. Esse fenômeno acontece nos lugares muito frio, como no círculo polar artigo e antártico, pois a água dos mares e dos oceanos, localizada nestas mencionadas regiões, à medida que se congelou e/ou se congela, sobe à superfície, formando os icebergs e as calotas polares. Agora, segundo ao princípio Hidrostático, qualquer massa congelada (o gelo), submersa e/ou em emersão numa massa liquida (a água), quando existe um descongelamento , quer seja parcial ou total, a tendência normal, é manter o mesmo nível da massa liquida anterior. Entretanto, como visto, esse fenômeno, é explicável pela seguinte razão, quando uma certa massa liquida (água doce no caso), por ter uma densidade de 1g/cm³, e que uma certa parte venha se congelar e que, logicamente, virando gelo, que tem a densidade de 0,91g/cm³. Obviamente, o gelo por ter uma densidade menor, emergirá devido ao empuxo que a água exerce de baixo para cima no gelo. No caso das águas polares, formando seus calotas e icebergs.Agora, por ocasião de um degelo, a água voltando ao seu estado natural, ou seja, liquido, o empuxo deixará de existir, devido à água, ter sua densidade maior do que a do gelo, o empuxo, funcionava como o agente equilibrador hidrostático. É que este tão referido empuxo, não é nada mais ou nada menos, do que a força, ou melhor, a ação que a água exerce de baixo para cima, sob o gelo. Entretanto, este fenômeno hidrostático, não passa de uma simples troca de calor, densidade e conseqüentemente pressão, entre a água e o gelo. Em síntese, isto quer dizer que, ou no congelamento, ou no degelo, o nível da água permanece o mesmo, devido à força de ação e a de reação, entre a água e o gelo, quer seja no congelamento ou no degelo...Então, partindo deste citado Principio Hidrostático, é mais do que obvio, que com os degelos das calotas polares e de todos os icebergs do Pólo Norte e do Pólo Sul, repito, nunca os níveis dos mares e dos oceanos subirão...



Vamos fazer uma simples experiencia em casa:


-Um copo milimetrado (pode ser do liquidificador)

-água e gelos


Enchemos o copo com água e anotamos quanto mede. Posteriormente colocamos o gelo - anotando também o nível de água + gelo. Aguardamos o gelo derreter e podemos notar que o volume de água é o mesmo.


Alguns cuidados:

Para anotar o nível tem que aguardar a água parar de se movimentar e olhar na linha horizontal do número marcado.


A mídia mente, mas existe algo verídico: devemos cuidar de nosso planeta!

Só porque descobrimos essa mentira não significa que vamos voltar a sujar nossa terra!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Plantas parasitas


Monotropa uniflora ou planta fantasma, que tem este aspecto pois não possui clorofila.




Afrothismia hydra que expõe para fora do solo suas flores.

Agora, como plantas podem viver sem clorofila ou enterradas no solo? Parasitando. Pior ainda, parasitando parasitas. Muito da diversidade e riqueza vegetal se deve a fungos de solo e suas micorrizas, associações entre fungos e plantas, uma vez que eles fornecem às plantas água e nutrientes do solo e elas fornecem açúcares formados na fotossíntese.

Nem sempre a associação é tão pacífica, e muitos fungos podem apenas captar recursos das plantas sem fornecer nada em troca. O que a planta fantasma e as Afrothismia aí acima fazem é a chamada mico-heterotrofia, ou seja, as raizes destas plantas parasitam as hifas dos fungos que se associam a outras plantas (simbiontes ou parasitas).

Graças a este estilo de vida, elas não precisam mais produzir a própria energia e podem dispensar a clorofila e as folhas, e investir apenas em raízes e flores, para crescer e se reproduzir como todo bom parasita.