"O único fragmento sólido de verdade científica sobre o qual me sinto totalmente seguro é que somos profundamente ignorantes a respeito da natureza." Lewis Thomas, no livro "A Medusa e o Caracol"
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Elysia chlorotica - planta ou animal?
Elysia chlorotica é uma lesma-do-mar, da família Placobranchidae, que habita a costa norte-americana , que se estende desde a costa da Nova Escócia ao sul da Flórida . Este molusco se tornou conhecido por ser o primeiro animal que mostrou a capacidade de produzir clorofila e fazer fotossíntese.
Uma lesma marinha hermafrodita verde escura, encerra os mecanismos para levar a cabo a fotossíntese, como resultado do estabelecimento de uma relação simbiótica intracelular com os cloroplastos que rouba à alga haplóide Vaucheria litorea, que constitui a sua fonte alimentar.
O pequeno animal obtém os cloroplastos após perfurar a parede e sugar o conteúdo das células da alga, que armazena nas células do seu ramificado intestino, que se prolonga por todo o corpo, onde permanecem funcionais. A associação estabelece-se em cada geração.
domingo, 18 de abril de 2010
O domínio oculto dos micróbios
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Novas das profundezas
domingo, 11 de abril de 2010
Plantas, Ilhas no Mar Egeu e Diversidade de Espécies
A flora menos diversificada de ilhas não-pastadas corresponde à sua condição “normal”, enquanto que a pastagem permite o estabelecimento de mais espécies. Tomando um ponto de vista relacionado à conservação, essa ideia corrobora opiniões anteriores de que até mesmo as atividades humanas tradicionais, de baixa intensidade, como a criação de rebanhos livres, afetam significativamente os processos que modelam as comunidades vegetais em ilhotas, aumentando a riqueza de espécies num primeiro momento, mas diminuindo, futuramente, a heterogeneidade geral, já que as espécies invasoras mais adaptadas acabam "tomando" o lugar das nativas.
Referência:
Panitsa, M.; Tzanoudakis, D.; Triantis, K. A.; Sfenthourakis, S. (2006) Patterns os species richness on very small islands: the plants of the Aegean archipelago. Journal of Biogeography, 33, 1223-1234.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Descobertos fósseis de quase 2 milhões de anos na África do sul
Os longos braços, as pernas compridas e o cérebro, menor, mas com o mesmo formato do nosso, levaram os pesquisadores a concluir que a espécie representa um ancestral distante do homem.
Um macaco? Um homem? Para os cientistas envolvidos na descoberta é a transição de um para o outro. O hominídeo Australopithecus sediba ocupou a capa da mais importante revista de ciência dos Estados Unidos. Hominídeo é uma família da ordem dos primatas; australopithecus, macaco do sul; e sediba, numa das línguas oficiais da África do Sul, é fonte nascente.A espécie, que seria a ancestral ao ser humano, foi encontrada num parque perto de Johanesburgo, capital sul-africana. Como se fosse um filme, um garoto de 9 anos, filho de um pesquisador que acompanhava escavações, tropeçou. Era uma clavícula.
Aí foi um passo para encontrar os fósseis de uma fêmea adulta, entre 20 e 30 anos, com 33 quilos, e um macho adolescente, de 10 a 13 anos, com 27 quilos. Eles estavam no que era uma caverna.
"Um milhão e novecentos mil anos em extraordinárias condições," disse o pesquisador.
Os longos braços, como os de um macaco, as pernas compridas, capazes de dar passos longos como os humanos, e o cérebro, menor, mas com o mesmo formato do nosso, levaram os pesquisadores a concluir que esta espécie representa um ancestral distante do homem.
Foram dois anos de buscas e mais de 60 cientistas envolvidos dos EUA, das Austrália e da África do Sul. Mas alguns daqueles que não participaram da pesquisa questionaram: os fósseis seriam mesmo de uma espécie que deu origem ao homem moderno?
Seja qual for a resposta, a ciência espera estar mais perto de descobrir a evolução humana.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Nova espécie
Após a análise do material biológico recolhido em várias campanhas de investigação, Ana Maria Rodrigues, Victor Quintino e Adília Pires constataram que a “Diopatra micrura” também habita a região costeira ao largo de Aveiro, da Nazaré, de Cascais e de Vila Real de Santo António.
A descoberta aconteceu à margem de um trabalho de investigação sobre a "Diopatra neapolitana", uma espécie abundante na ria e utilizada para fins comerciais. Neste contexto os investigadores detectaram esta nova espécie muito semelhante, embora com dimensões inferiores e com umas barras azuis nos filamentos que funcionam como órgãos sensoriais, detalhe que lhes “chamou a atenção”, confidenciou ao Ciência Hoje Ana Maria Rodrigues, do Departamento de Biologia da UA.
“A ‘Diopatra micrura’ é muito semelhante ao casulo ‘Diopatra neapotitana’. Fazem tudo e vivem exactamente da mesma forma. É, porém, mais pequena pois o indivíduo maior que encontramos mede oito centímetros. Vive num tubo que em termos de materiais de construção é também semelhante ao da 'Diopatra neapolitana' ", explicou a investigadora.