quinta-feira, 29 de julho de 2010

Fotógrafo flagra elefanta brincando com lagarto em parque

Um lagarto-monitor virou o brinquedo de uma elefanta indiana no parque nacional Corbett, na Índia.

Madhuri, a elefanta, suspendeu o lagarto do chão com sua tromba e passou alguns dias circulando com o bichinho pendurado. Às vezes balançando o réptil no ar, às vezes deixando que ele descansasse um pouquinho no chão.

As imagens foram registradas pelo fotógrafo Jagdeep Rajput que, apesar dos 20 anos de experiência, afirmou nunca ter visto nada tão bizarro.

“Já havia ouvido falar desta elefanta e procurei-a no parque. Ela é conhecida por ser bastante agressiva, então, quando finalmente a encontrei, me aproximei cautelosamente", disse ele.

“O parque tem uma grande população de lagartos, e Madhuri é conhecida por ser especialista em capturá-los – ela gosta, principalmente, dos lagartos-monitores, explicou. Seu comportamento foi extraordinário, e eu nunca tinha visto ou ouvido falar de algo tão bizarro, completou.”

O elefante indiano é uma subespécie do elefante asiático que pode pesar até cinco toneladas e chegar a 3,35 metros de altura dos pés até o ombro. Sua tromba não tem ossos ou cartilagem, mas conta com 100 mil unidades musculares que dão extrema destreza ao elefante e permitem que ele pegue pequenos objetos.

A espécie também conta com um grande cérebro que o permite registrar memórias e experiências.


Fonte: Notícias.uol.com.br

sábado, 24 de julho de 2010

Copo meio vazio

O bioma Pampa, que ocupa a maior parte do Rio Grande do Sul, já perdeu quase 54% da vegetação original. Os dados mais recentes do desmatamento do bioma, divulgados hoje (22) pelo Ministério do Meio Ambiente, mostram que, entre 2002 e 2008, 2.183 quilômetros quadrados (km²) de cobertura nativa foram derrubados.

O levantamento, feito pelo Centro de Monitoramento Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), aponta os 19 municípios gaúchos que mais desmataram o bioma no período. Alegrete, no extremo oeste do estado, é o campeão de derrubada, com 176 km² de desmate entre 2002 e 2008. As cidades de Dom Pedrito e Encruzilhada do Sul aparecem em seguida, com 120 km² e 87 km² desmatados em seis anos.

Apesar do grande percentual desmatado, o ritmo de devastação do Pampa é o menor entre os biomas brasileiros. De acordo com os dados do MMA, a região perdeu anualmente, em média, 364 km² de vegetação nos últimos seis anos. No Cerrado, o ritmo anual de devastação é de 14 mil km² por ano e, na Amazônia, a derrubada atinge 18 mil km² de floresta anualmente.

Fonte: UOL Notícias; Agência Brasil

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Sequenciamento do Homem de Neanderthal

O sequenciamento do genoma do homem de Neanderthal por uma equipe internacional de cientistas revelou cruzamentos com o humano moderno e traz uma nova luz sobre as características genéticas humanas únicas na evolução.

De 1% a 4% do genoma humano (2% de seus genes) provêm do homem de Neanderthal, que apareceu há cerca de 400.000 anos e se extinguiu há 30.000 anos, precisaram cientistas em um estudo publicado na edição deste 7 de maio da revista americana Science.

O Neanderthal é assim o primo mais próximo dos seres humanos.

"Podemos dizer, de agora em diante, que com toda probabilidade ocorreu uma transferência de genes entre o homem de Neanderthal e os humanos modernos", afirma Richard Green, professor de engenharia biomolecular da Universidade da Califórnia em Santa Cruz.

Segundo os pesquisadores, essa transferência genética deve ter ocorrido de 50.000 a 80.000 anos atrás, provavelmente quando os primeiros Homo sapiens saíram da África, berço da humanidade, coincidindo com a presença dos homens de Neanderthal no Oriente Médio, antes de se dispersarem na Eurásia. O fato de os genes do Neanderthal aparecerem no genoma de indivíduos de origem europeia e asiática, mas não entre os africanos, sustenta essa hipótese.

Na comparação, o Neanderthal mostrou-se geneticamente idêntico ao humano moderno em 99,7%, e ao chimpanzé em 98,8%. O antepassado comum do chimpanzé com o humano moderno e seu primo Neanderthal remonta a 5 ou 6 milhões de anos atrás.

"O sequenciamento do genoma do Neanderthal nos permite começar a definir todas as características do genoma humano que diferem de outros organismos vivos, inclusive aquelas do parente mais próximo do humano na evolução", afirma Svante Paabo, diretor do Departamento de Genética do Instituto Max Planck na Alemanha, que lidera o projeto de sequenciamento do genoma.

Fonte: Uol notícias e New science

terça-feira, 13 de julho de 2010

Tempestade na Floresta

Duas tempestades gigantes arrebataram o hemisfério ocidental em 2005. Todos já ouviram falar do furacão Katrina, que atingiu a costa do Golfo em agosto daquele ano. Mas alguns meses antes, em janeiro, uma série de tempestades passou pela bacia amazônica, aqui no Brasil. Esse evento, pesquisadores da Tulane University (New Orleans, EUA) relatam, pode ter derrubado centenas de milhões de árvores, e ainda há evidência de que tamanho acontecimento não seja assim tão raro.

Utilizando imagens de satélite de cerca de 34 mil quilômetros quadrados da região em 2004 e comparando os dados com imagens pós-tempestade, os pesquisadores descobriram que o vento havia ''cortado" uma imensa faixa da floresta, que a atravessava na direção nordeste.

A equipe relata que a tempestade derrubou cerca de 500 milhões de árvores em toda a bacia amazônica. Somente na região de Manaus, o evento foi responsável por 30% da desflorestação de 2005. Algumas pesquisas sugeriram que a seca fosse a causa primária da morte das árvores na Amazônia no mesmo ano, mas como grande parte de Manaus não havia sido afetada por esse fator na época, concluiu-se que o vento certamente foi o grande responsável.

"Essas grandes ventanias mostram ser importantes para nosso entendimento do funcionamento da Amazônia, em termos de estocagem de carbono, biodiversidade, e outros fatores", diz o ecologista Gregory Asner da Carnegie Institution for Science, em Stanford, Califórnia. Se as tempestades se tornarem mais intensas e frequentes, Asner continua, "Podemos esperar grandes mudanças na estrutura e composição dos ecossistemas no caminho delas."

Árvores derrubadas pelo vento (Imagem: Jeffrey Chambers/Tulane University)

Fonte: ScienceNOW