sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Plantas possuem memória e raciocínio

Experiência mostra que as folhas são capazes de se lembrar de eventos passados, aprender e trocar informações entre si.Quem tem plantas em casa costuma tratá- las com carinho – existe até quem converse com as suas. Não é para tanto. Mas uma experiência feita pela Universidade de Varsóvia constatou que as plantas são mais sofisticadas do que parecem– elas têm formas primitivas de memória, raciocínio e aprendizado. Ou seja, inteligência. Os cientistas poloneses colocaram uma planta da espécie Arabidopsis thaliana (parente da mostarda) num ambiente escuro. Em seguida, um feixe de luz foi projetado sobre uma folha.

Os cientistas descobriram que essa folha era capaz de enviar instruções para as demais – que, apesar de não estarem recebendo nenhuma luz, imediatamente começaram a se preparar para isso. As plantas também são capazes de se lembrar, por até 4 dias, quando foi que receberam luz pela última vez – e até atonalidade exata dessa luz. Os cientistas supõem que as plantas usem essa informação para saber emqual época do ano estão. “Isso poderia ajudá-las a se preparar contra doenças típicas de cada estação”,dizem os autores do estudo.

A memória e a comunicação das folhas usam um sistema de enzimas, que são armazenadas e transportadas pela planta. É o mesmo princípio que permite que as plantas “conversem”. Em 2007, cientistas holandeses descobriram que os indivíduos de uma espécie de trevo, o Trifolium repens, estão interconectados e alertamuns aos outros da presença de lagartas parasitas – ameaça à qual as plantas reagem deixando suas folhas mais duras e menos apetitosas.

Fonte: Revista Superinteressante 09/2010

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Alumínio é material mais reciclado no Brasil, segundo dados do IBGE


O campeão absoluto da reciclagem no Brasil é o alumínio com 91,5% da matéria prima utilizada na indústria vindo de alumínio reciclado. Os dados de 2008 são do relatório de Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em seguida, vêm as embalagens pet, vidro, latas de aço e papel com taxas entre 43% e 55%. As embalagens longa vida são as menos recicladas (pela dificuldade de separação dos componentes) com 26,6%.

As latas de alumínio têm o maior percentual de material reciclado devido ao alto valor de mercado da sucata de alumínio, associado ao elevado gasto de energia necessário para produção de alumínio metálico. As garrafas pet são o segundo material reciclado mais utilizado, 54,8% em 2008. A taxa de reciclagem do vidro vem se mantendo estável nos últimos anos, com 47% do total em 2008. No mesmo ano, 46,5% do aço consumido na indústria vinham de latas recicladas. Já 43,7% do total de papel consumido na indústria é reciclado.

No Brasil, os altos níveis de reciclagem estão mais associados ao valor das matérias-primas e aos altos níveis de pobreza e desemprego do que à educação e à conscientização ambiental. É por conta disto que o papel, o vidro, a resina pet, as latas de aço, e as embalagens cartonadas, de mais baixo valor de mercado, apresentam índices de reciclagem bem menores que as latas de alumínio.

O IBGE acredita que o estabelecimento, pelo governo federal, de preços mínimos para os materiais recicláveis deve elevar a proporção de materiais reciclados. Segundo o Instituto, apenas uma pequena parte do lixo produzido no Brasil é seletivamente coletado. A maior parte da reciclagem é feita por catadores, autônomos ou associados em cooperativas, que retiram do lixo os materiais de mais alto valor.

A coleta seletiva de lixo e a conscientização da população para separar os resíduos, antes de descartá-los, podem aumentar não apenas a eficiência da reciclagem, como também trazer melhorias na qualidade de vida de catadores e de outros trabalhadores que lidam com resíduos.

A reciclagem das embalagens longa vida tetrapak é mais recente e apresenta o menor valor 26,6%, sendo medida a partir de 1.999. Além de não possuir tanta tradição na reciclagem, a necessidade de separar os materiais componentes das embalagens tetrapak (papel, alumínio e plástico) é outro fator dificultador.

As embalagens longa vida, por dispensarem refrigeração, também contribuem para o combate à destruição da camada de ozônio, pois a refrigeração é o setor industrial que mais consome substâncias que destroem esta camada

A reciclagem, ao reduzir o consumo de energia e a extração de matérias-primas, reduz, também, a emissão de gases de efeito estufa associados à geração de energia pela queima de combustíveis fósseis.

Fonte: Uol notícias