quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Flor japonesa pode ter o maior genoma já encontrado, diz cientista

O que parecer ser uma flor branca comum pode carregar um conteúdo extraordinário em suas pétalas: o mais longo genoma já encontrado.

Pesquisadores do Jardim Botânico Kew, em Londres, anunciaram a descoberta na flor Paris japonica, que supera o recorde do peixe pulmonado africano (nome científico, Protopterus aethiopicus). "Estamos realmente surpresos", disse a pesquisadora Ilia Leitch, do laboratório de Kew.

Leitch e equipe suspeitam que a planta pode ter um código genético equivalente a 91 metros.

O genoma é um conjunto completo do DNA de um ser vivo. O comprimento de um genoma é tipicamente medido pelo número de bases que possui, sendo cada par a base de um DNA.
Para termos comparativos, o genoma humano tem cerca de 3 bilhões de bases e mede aproximadamente 1,8 metro de extensão. No caso do peixe pulmonado africano, há 130 bilhões de bases. Na flor, esse número é maior: 150 bilhões distribuídos.

Não é claro, contudo, por que as variações ocorrem, e grandes genomas não significam necessariamente um organismo mais complexo. Certos genes levam a algumas características,
como a cor loira dos cabelos, e outros não.

Fonte: folha.uol.com

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Cientistas descobrem bactéria que contém elemento tóxico


Uma descoberta anunciada nesta quinta pela revista Science em parceria com a Nasa muda o conceito de vida como entendida pelos cientistas. O arsênico, composto conhecido por ser venenoso, pode servir de alimento para uma bactéria encontrada por uma equipe de pesquisadores em um lago salgado da Califórnia, nos Estados Unidos.

De acordo com os cientistas, o estudo é fascinante e muda o entendimento sobre os elementos que seriam necessários à vida, como carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre. Com a descoberta, foi possível comprovar que o arsênico pode substituir o fósforo nas moléculas de uma bactéria que existe na natureza. O organismo não só consegue viver no meio do arsênico, mas também cresce incorporando o elemento ao seu DNA e membranas celulares.
O achado mostra o quão pouco os cientistas sabem sobre a variedade de formas de vida na Terra e deve expandir as pesquisas sobre vida em outros planetas e luas. Com a constatação, os astrobiólogos poderão procurar vida em outros planetas sem olhar apenas para os planetas com o mesmo equilíbrio de elementos que a Terra tem.

A descoberta da equipe da Nasa foi liderada por Felisa Wolfe-Simon, uma ex-cientista do grupo de pesquisas de Anbar, na Escola da Exploração da Terra e do Espaço da Universidade Estadual do Arizona.

Não se trata de uma exceção trivial: o fósforo faz parte da estrutura do DNA e é um componente do ATP, a molécula usada para transportar energia no metabolismo celular. Batizado de GFAJ-1, o novo organismo foi encontrado em sedimentos do Lago Mono, da Califórnia, nos Estados Unidos. O lago é extremamente salgado e conta com níveis elevados de arsênico, um elemento que fica logo abaixo do fósforo na tabela periódica.

Fonte: www.em.com.br