quinta-feira, 10 de junho de 2010

União com máquinas vai libertar o cérebro do corpo

Bem pessoal, faz um tempinho que não postamos aqui, mas é que estamos tendo que correr muito. Mas aqui estou eu trazendo mais notícias.

MIGUEL NICOLELIS

O DESENVOLVIMENTO da neurociência deverá libertar o cérebro do corpo e permitir, por exemplo, que seres humanos explorem o espaço usando máquinas capazes de transmitir movimentos e sensações. A previsão foi feita pelo do neurocientista paulistano Miguel Nicolelis, 48, em sabatina promovida pela Folha.

"Em muito menos de 30 anos, você vai conseguir ter a sua presença à distância". Diretor do Centro de Neuroengenharia da Universidade Duke (EUA) e do Instituto Internacional de Neurociência de Natal Edmond e Lily Safra, Nicolelis disse também que está "à beira de demonstrar que é balela" a ideia de que o córtex cerebral se divide em áreas.

O pesquisador é pioneiro no estudo de interações entre cérebro e máquina, e já realizou proezas tecnológicas como fazer um robô no Japão andar impulsionado por ondas cerebrais de uma macaca nos EUA.

O objetivo do trabalho é desenvolver próteses neurais que permita a pessoas paralisadas andarem novamente.

Nicolelis realizou um experimento para demonstrar o que disse. Ele apresentou uma macaca, Idoya. O experimento que foi realizado com Idoya, a primeira macaca a andar como nós, de forma bipedal numa esteira, mostra sua atividade cerebral e seus padrões de locomoção enquanto caminha na esteira. Idoya realizava essa atividade na Costa leste da Carolina do Norte, e sua atividade cerebral era enviada para Kyoto, no Japão, onde um robô decodificava a tempestade cerebral da primata. O robê era projetado na frente da macaca, e ela tinha assim a impressão de que eram suas próprias pernas. Com esse experimento, o médico demonstra que uma simulação produzida por bilhões de neurônios interconectados se amplia, incorporando novas ferramentas como se fossem do próprio cérebro. O corpo passa a terminar agora nos limites da ferramenta que o cérebro controla.

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