domingo, 27 de dezembro de 2009

Novas da Antártida

Coral raro encontrado por pesquisadores (Imagem: BAS/P. BUCKTROUT)


Um grupo de pesquisadores de vários países, a bordo de um navio de pesquisas britânico, fotografou espécies raras na plataforma continental Antártida.

Peixes, aranhas aquáticas gigantes, polvos e estrelas-do-mar estão entre as espécies raras reveladas em fotografias divulgadas pelo grupo de pesquisa British Antarctic Survey (BAS).

Como parte do estudo internacional que cobre desde a superfície até o fundo do mar da região, a equipe de pesquisadores de toda a Europa, Estados Unidos, Austrália e África do Sul coletou amostras de criaturas marinhas da região oeste da Antártida, uma das áreas marinhas cujo aquecimento é o mais rápido do mundo.

"Poucas pessoas percebem como a biodiversidade oceânica do sul é rica, até mesmo uma simples pesca com rede já revela uma variedade fascinante de criaturas esquisitas e maravilhosas", disse o líder da expedição de pesquisa David Barnes, da BAS.

"Potencialmente, estes animais são ótimos indicadores de mudanças ambientais, pois muitos vivem nas águas rasas, que estão mudando rapidamente, mas também em águas profundas, que vão se aquecer mais lentamente. Agora podemos ter melhor compreensão de como o ecossistema vai se adaptar para mudar."

O pesquisador acrescentou que o estudo realizado na região da Península Antártida demonstrou que algumas espécies são incrivelmente sensíveis a mudanças na temperatura.

Uma das espécies mais comuns na região, encontrada pelos pesquisadores, foi o pepino-do-mar, que tem um papel muito importante no processamento de sedimentos no fundo do mar e que está ameaçada pela expansão das áreas de pesca.

Outra espécie estudada pelos pesquisadores foi o krill, um pequeno crustáceo que é o principal alimento de pinguins, focas e baleias.

Os pesquisadores descobriram grandes variações nas espécies vivendo em uma área relativamente pequena.

"Mudanças na superfície da Terra afetam diretamente o oceano e os animais marinhos. Por exemplo, a aceleração do derretimento das geleiras, o colapso destas geleiras e o encolhimento do gelo marinho no inverno, tudo parece causar impacto na vida marinha. Queremos entender estes impactos e quais as suas implicações para a cadeia alimentar", afirmou a bióloga do BAS Sophie Fielding.

Fonte: UOL Notícias; BBC Brasil

sábado, 26 de dezembro de 2009

Espécies de mamíferos no DF podem desaparecer nos próximos 50 anos

Os dados foram revelados por estudo da Universidade de Brasília. A urbanização desordenada é a principal causa do problema.
Estudos indicam que as unidades de conservação — que englobam, entre outras, parques nacionais, reservas biológicas e extrativistas — são o melhor mecanismo de proteção do habitat dos animais silvestres. Porém, segundo uma pesquisa da Universidade de Brasília (UnB), a fragmentação dessas áreas, em especial a do cerrado do Distrito Federal, pode levar à extinção local de aproximadamente 10 espécies de mamíferos nos próximos 50 anos, caso medidas efetivas não sejam colocadas em prática. A falta de conexão entre as unidades de conservação, que contribui para o isolamento cada vez maior dos animais em ambientes menores, é o principal motivo para o possível sumiço de espécies como a anta (Tapirus terrestris), o veado-mateiro (Mazama americana) e a sussuarana (Felis concolor).

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Os verdadeiros assassinos do mar

Tubarão retalhado (Imagem: Andi Voeltz)

Finning é uma prática de pesca cruel e destrutiva, na qual o tubarão é capturado e suas barbatanas cortadas. O resto do animal é jogado de volta ao mar, onde acaba morrendo. A cada ano, o número de tubarões mortos por esta prática chega a 100 milhões. As barbatanas de tubarão são consideradas uma iguaria em algumas partes do mundo, principalmente no leste asiático, onde uma sopa das mesmas pode chegar a valer 100 dólares, tornando este tipo de pesca um grande negócio. Com o aumento populacional na Ásia, esta atividade se torna cada vez mais comum.


Nos últimos anos, alguns países, como os Estados Unidos, já proibiram o finning de tubarões. Mas esta proibição é muito difícil de ser implementada em outros locais, principalmente porque esses peixes migram regularmente entre as fronteiras internacionais. A retirada das barbatanas é, no entanto, ainda praticada em muitas partes do mundo, entre pontos extremos, como a América do Sul e a Austrália, contribuindo para o declínio das espécies. O tubarão-azul, por exemplo, está em grave perigo de extinção – algumas autoridades estimam que 90% das barbatanas retiradas são desta espécie.


Barbatanas secando ao sol (Imagem: DCI; Seapics.com)

No caso do Brasil, embora o finning seja proibido, há uma brecha na lei que o permite se o restante da carcaça for aproveitada. Resumindo: o comércio de todo o tubarão (cação), encobre o crime de corte das barbatanas. E já que estas são o alvo dos pescadores, o preço final do que é destinado à nossa população é reduzido, haja vista que ela se alimenta do "resto" do peixe, o que só contribui para a pesca predatória.

Fonte: Discovery Brasil

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Aquecimento Global

AJUDEM A SALVAR NOSSO QUERIDO PLANETA

O Brasil vai levar para a Conferência do Clima de Copenhague (Cop 15) o compromisso de reduzir suas emissões de gases que provocam o aquecimento global entre 36,1% e 38,9% em relação ao que o País emitiria em 2020 se nada fosse feito.

No cenário internacional, porém, o compromisso brasileiro é, até agora, o mais audacioso dos países em desenvolvimento. A China já anunciou diversas ações para reduzir suas emissões, mas ainda não falou em números.

Segundo o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, a meta é mais forte até que a de alguns países desenvolvidos, como os Estados Unidos. Para ele, só com a redução do desmate o País vai diminuir as emissões numa ordem de grandeza equivalente ao que está sendo proposto pelos americanos.

Para atingir o objetivo, o governo federal pretende reduzir o desmatamento da Amazônia em 80% e, pela primeira vez, falou em cortar o desmate no Cerrado em 40%. Há medidas ainda na área de agropecuária, energia e siderurgia.

Os países em desenvolvimento, de acordo com a Convenção do Clima da ONU, não são obrigados a adotarem metas. Porém, as nações industrializadas pressionam os emergentes, grandes emissores de gases-estufa, para que também apresentem objetivos concretos.

Segundo cientistas, um aumento de mais de 2°C na temperatura do planeta será desastroso - haverá mais temporais e maior desertificação. Por isso, é preciso reduzir as emissões de gases-estufa - o principal deles é o CO2 - provocadas pelas atividades humanas.

Novos dados sobre as emissões mundiais de CO2 (dióxido de carbono, principal gás causador do efeito estufa) indicam que o planeta está a caminho de esquentar 6°C neste século, se não houver um esforço concentrado para diminuir a queima de combustíveis fósseis.

O degelo está se acelerando na segunda maior massa de gelo do mundo, a Groenlândia, que nos últimos nove anos perdeu 1,5 trilhão de toneladas de água- o suficiente elevar o nível do mar em mais de 4 milímetros.


quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Amazônia

A floresta amazônica é um dos pontos principais das discussões sobre as mudanças climáticas porque, caso continue sendo devastada, causará emissões significativas de gases de efeito estufa.
Que a mata constitui um imenso reservatório de carbono já se sabe há muito tempo. Mas a pesquisadora Outi Lähteenoja, da Universidade de Turku, na Finlândia, junto com outros cientistas, iniciou estudos que apontam que a região pode ter um outro dreno importante de carbono: as turfeiras.
Tratam-se de ecossistemas com água parada onde folhas e troncos de árvores que caem no chão não se decompõem completamente porque falta oxigênio para que os microorganismos trabalhem. Assim, o carbono que contêm não é liberado para a atmosfera.


Parece uma só floresta, mas a Amazônia não é um tapete verde que se perde no horizonte. É mata de terra firme, floresta alagada, campo natural, é a maior bacia hidrográfica do mundo com 20% da água doce do planeta.
Uma em cada três espécies de árvore do planeta se encontra lá, sem falar na variedade de plantas, pássaros e os rios com cerca de três mil tipos de peixes, do minúsculo Cardinal ao gigante Pirarucu. 17% da Amazônia já viraram fumaça, deram lugar a pastos e lavouras. Em contrapartida, a preocupação com o bioma aumentou e a vigilância também. Os índices do desmatamento, que é monitorado por satélite, repercutem no mundo inteiro e indicam queda no ritmo da devastação. "A Amazônia é fundamental para o mundo e é o passaporte para o Brasil no século XXI. O Brasil vai se tornar uma potência no século XXI graças à Amazônia, pelo que ela tem de diferencial no planeta. Ninguém tem uma floresta tão importante, tão vital para o planeta como o Brasil tem."


Fonte: G1

sábado, 28 de novembro de 2009

Boas memórias...

Desde que me entendo por gente (perdoem o clichê), sou fascinado por animais. E, se me lembro bem, minha queda por organismos marinhos teve início graças a uma certa foto, impressa em um livro agora perdido nos confins de minha casa. Infelizmente, não consegui encontrar a tal imagem, mas posso lhes garantir que era algo desse tipo:

O ser que tanto me impressionou (e ainda impressiona) era um celacanto. Considerado extinto, o animal "voltou à vida" quando um exemplar foi pescado na costa da África do Sul, em 1938. O celacanto é, hoje, o único representante da ordem Coelacanthiforme.

A razão para esta postagem é que, no dia 6 de outubro, um grupo de pesquisadores marinhos do Japão informou ter conseguido filmar, pela primeira vez, um celacanto jovem: o peixe foi encontrado a uma profundidade de 200 metros, próximo da ilha de Sulawesi, Indonésia. A descoberta pode esclarecer algumas dúvidas a respeito do habitat e dos hábitos reprodutivos do esquivo animal.

Jovem celacanto encontrado pelos pesquisadores

Em um mundo ainda pouco compreendido, só desejo que as crianças de hoje possam descobrir os mistérios nunca solucionados!!

Fontes: RedOrbit; Aquamarine Fukushima (imagens)

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

1° passo chinês no corte de CO2 (ainda que duvidoso)

A China, o maior emissor de gases que causam o efeito estufa, anunciou pela primeira vez uma meta de redução de emissão de gases causadores do efeito estufa, a duas semanas da reunião global sobre clima em Copenhague.

Segundo a agência oficial Xinhua, o país cortará, até 2020, de 40% a 45% de sua "intensidade de carbono" comparada aos níveis de 2005.

A "intensidade de carbono", uma mensuração própria do país, corresponde ao montante de dióxido de carbono emitido para cada unidade de seu Produto Interno Bruto (PIB).

As autoridades dizem que a meta obedece "às condições nacionais" da China, um país emergente que vê o corte de emissões como uma ameaça ao seu crescimento econômico.

Ainda assim, especialistas fazem a ressalva de que ela não necessariamente levará a uma redução absoluta das emissões.

O anúncio veio a público um dia após os Estados Unidos confirmarem que vão oferecer, no encontro na Dinamarca, um corte de 17% nas suas emissões de carbono até 2020, em comparação aos níveis de 2005 - menos do que o desejado por cientistas e os países europeus.

A Casa Branca confirmou na quarta-feira que o presidente americano, Barack Obama, estará presente no encontro, assim como o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, que confirmou sua ida nesta quinta-feira.

A cúpula tem por objetivo chegar a um acordo que substitua o Protocolo de Kyoto, que não foi ratificado pelos Estados Unidos e expira em 2012.

Entretanto, analistas creem que a meta anunciada pela China não necessariamente significará uma redução nas emissões.

O cálculo chinês é o único a utilizar a mensuração de intensidade de carbono, ou seja, a quantidade de CO2 emitido por cada unidade do produto interno.

O correspondente da BBC em Pequim, Quentin Sommerville, disse que o compromisso chinês é tornar as suas fábricas e sua infra-estrutura de energia mais eficientes na utilização de combustível, o que produziria menos gases causadores do efeito estufa.

Mas isto não significa que os níveis absolutos de carbono seriam reduzidos, observou o correspondente.

Fonte: UOL Notícias; BBC Brasil

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

sábado, 21 de novembro de 2009

A natureza é perversa?

A resposta está na compreensão da seleção natural e do comportamento das espécies.

O que leva a um adulto de beija-flor que tem dois filhotes no ninho a expulsar um deles ou passar a alimentar mais um do que outro?
Pensa-se em:"como são malvados!" ou algo do gênero,mas não deve-se se pensar assim.
ABeija-flores e outras aves podem expulsar filhotes "fracos" do ninho quando a chance de sobrevivência deles é pequena.Isso ocorre porque,em épocas que o alimento é escasso,o grande esforço da mãe em criar diversos filhotes pode ser em vão.Dessa forma,sem alimento suficiente para todos,os filhotes mais fracos e menos capazes de exigir comida,acabam subnutridos e podem morrer facilmente.Assim,explusar o filhote mais fraco do ninho é um ato que aumentar,em muito,a chance de sobrevivência dos filhotes restantes.Mais vale um filhote bem vivo do que dois moribundos.Outro fator que pode levar um dos filhotes a morrer é a competição por alimento entre os próprios irmãos.Quantas pessoas já não tiveram um irmão comilão que acabava com toda a sobremesa antes mesmo de todos da casa prová-la?

Leões,ursos,macacos e outros animais também tem comportamentos parecidos com esses,aniquilam a concorrência,os filhotes de outros machos,etc...

"O homem tem tendência de julgar o comportamento dos animais se acordo com sua própria ética;isso o leva a considerar muitos animais comoo seres desleais.Porém,se compreendermos com a evolução funciona,perceberemos como tais comportamentos surgem e se mantêm na natureza;veremos também que não é correto julgar outros seres vivos de acordo com a ética humana."

JPK


Fonte
: ético atualiza,ano:5

Alívio imediato e necessário

Pescadores de atum do Atlântico oeste e Mediterrâneo receberão permissão para capturar um total de 13,5 mil toneladas de atum-azul em 2010, em oposição à cota previamente estabelecida de 19,950 t. A International Commission for the Conservation of Atlantic Tunas (comissão para a conservação dos atuns do Atlântico) relata que isso fornecerá aos peixes uma chance de recuperação de 60% nos próximos 15 anos, mas grupos ambientalistas dizem que tal atitude não será suficiente para salvar o atum da extinção comercial.

Há 20 anos, as águas mediterrâneas eram repletas do animal que hoje está se tornando um dos mais ameaçados do mundo. Agora sua população beira o colapso, trazido pela pesca em excesso. É por isso que um grupo de cientistas, com apoio da WWF (World Wildlife Fund), está rastreando o atum: o objetivo da coleta de dados é impedir a destruição desse animal caçado há mais de 3000 anos. A organização pressiona por ações imediatas, inclusive pela proibição temporária da pesca. De acordo com Pablo Cermeño, pesquisador envolvido no projeto, a pesca comercial de atum entrará em colapso em 2012.

Na foto, Cermeño "etiqueta" um peixe (Imagem: Edward Parker/WWF-Canon)

O comércio em torno do atum é grande - um peixe de 70 kg pode custar até $15 mil. E esse é o problema; com sua carne macia, o atum é considerado o "rei do sushi". Mesmo assim, os pescadores não conseguem acompanhar a demanda.

A maioria de atum legalmente capturada hoje no Mediterrâneo acaba no Japão, um mercado que gera cerca de $7 bi ao ano, mas o maior perigo é o mercado negro. De acordo com a WWF, barcos registrados maqueiam os relatórios de pesca para maximizar o lucro. Em se tratando de piratas, a situação é muito mais grave.

Gráfico mostra o aumento na pesca do atum-azul, especialmente no Mar Mediterrâneo, nos últimos 20 anos

Em 2007, os números oficiais registravam 23,154 t de atum pescado no Mediterrâneo, mas a ICCAT estima que a quantidade real chegue em 47,5 mil toneladas, algo completamente insustentável. Nos últimos 10 anos, o peso médio do atum caiu de 125 para 65 quilogramas, sinal claro da pesca excessiva. Com as taxas atuais de exploração, a WWF acredita que o atum-azul estará comercialmente extinto em 3 anos, já que sua população não atingirá o tamanho mínimo necessário para que a pesca seja vantajosa.

Cardume de atuns (Imagem: David Fleetham/Visuals Unlimited/Getty)

Fonte: Revista New Scientist - http://www.newscientist.com/

domingo, 15 de novembro de 2009

15ª conferências das Nações Unidas sobre mudança do clima

*Em um ano,foram desmatados 11.968 km² de bosques na Amazônia legal.
*Secas de moderadas a violentas atingiram a maior parte do sudeste da América do norte.
*A Ásia central sofreu as temperatura mais baixas em décadas.
*Condições climáticas no sudeste da Austrália prolongam a seca em grande parte do território.
* Graves inundações e deslizamentos no sul do Brasil devido às fortes chuvas.Mais de 100 morte e 1,5milhões de pessoas afetadas.
*Registrados 418 casos de derramento de petróleo na Nigéria.
*Chuvas de 390 mm em menos de 24 horas em Valência,Espanha.
*Aumento pronunciado da caça legal de rinocerontes no Zimbábue.O chifre do animal tem alto preço por ser considerado afrodisíaco.
*Redução da superfície gelada do oceano Ártico,que atingiu sua segunda manos extensão desde o início das medições por satélite,em 1979.
*Um grande bloco de gelo se desprendeu da plataforma Wilkins e muitas rachaduras existem no que sobrou dela,sobretudo no início da ponte de gelo que estabiliza a barreira,que parece estar"presa por um fio".
*Elevadas concentrações de metano em alto-mar,na altura do delta do rio Lena(Rússia),foram denunciadas pelo instituto internacional da plataforma siberiana.
*Pela primeira vez em um século,nevou em Bagdá,capital do Iraque,o que provocou a morte de 50 pessoas e 15 mil animais.
*Tempestades elétricas e fortes chuvas,tornados e granizo causam mortes e destruição na Alemanha.


FONTE:ético atualiza,ano 5-nº 6

Nas praias da Califórnia

O quelpo gigante, Macrocystis pyrifera, é uma espécie de alga marinha encontrada nas costas do Pacífico: entre o Alasca e a Baixa Califórnia, ao sul do Chile e na Argentina; no outro extremo, nas águas da Nova Zelândia, Austrália e África do Sul. Apesar de iniciar sua vida como um microscópico esporo, essa espécie pode chegar até uma altura de 60 m, sendo o maior organismo vegetal/protista do mar.

A população de quelpo gigante da costa sul da Califórnia compõe uma das mais diversas comunidades de nossos oceanos. Aproximadamente 800 espécies de organismos marinhos dependem das florestas de quelpo em algum ponto de seu desenvolvimento. Nas palavras de Charles Darwin: "…if in any country a forest was destroyed, I do not believe nearly so many species of animals would perish as would here from the destruction of kelp." (se em qualquer país uma floresta fosse destruída, eu não acredito que tantas espécies animais pereceriam como aqui, da destruição do quelpo)

Complementando seu alto valor ecológico, muitas espécies têm grande importância em diferentes indústrias, como a de alimentação, farmacêutica, tintas, construção ou cosméticos. Além de poder ser consumidos ou utilizados como fertilizante, os quelpos produzem uma substância (polissacarídeo) conhecida como alginato que é amplamente utilizada como emulsificante em: produtos alimentícios (sorvetes, molhos, cervejas, iogurtes), de higiene (pastas dentais, xampus, sabonetes), medicinais (pílulas), industriais (tintas, pinturas, soldaduras).

Nos últimos 100 anos, os números dessa feofícea sofreram uma redução de 80%, e apesar de perturbações naturais como tempestades e o El Niño terem feito sua parte, foi a ação humana, através de poluição, sedimentação e pesca excessiva, que impediu sua total recuperação. O melhor documentado declínio de população ocorreu em San Diego (EUA), onde a Estação de Geração de Energia Nuclear de San Onofre destruiu, de uma só vez, 150 hectares de floresta de algas devido ao despejo de água aquecida no mar.

Um outro exemplo é o das lontras da Califórnia, que foram caçadas até a quase extinção por seu pelo. Colocado da forma mais simples possível: estas lontras se alimentavam primordialmente de ouriços, que por sua vez se alimentavam do quelpo. Sem as lontras, os ouriços proliferaram-se e praticamente destruíram a alga, e com ela toda a base desse ecossistema.

Em 2001, a California Coastkeeper Alliance (CCKA) lançou o Southern California Giant Kelp Restoration Project (projeto de restauração do quelpo gigante) em parceria com as organizações Southern California Waterkeepers e National Oceanic and Atmospheric Administration, para reestabelecer os bancos de alga californianos e educar o público a respeito da importância dessas florestas para o meio-ambiente.

Graças ao projeto, o Macrocystis pyrifera agora já possui um futuro mais promissor, e dependendo de pessoas conscientes, voltará a seu esplendor tão necessário à vida.

Fontes: Revista Eco-21; Southern California Giant Kelp Restoration Project (Kelp Project) - Final Report

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Desmatamento na amazônia

O Brasil registrou o menor índice de desmatamento anual na Amazônia dos últimos 21 anos, atingindo 7 mil quilômetros quadrados. No período 2007-2008, a devastação registrada havia sido de 12,9 mil quilômetros quadrados. O novo resultado representa uma queda de cerca de 45%.
Em, nota, a ONG Greenpeace lembra que a área desmatada, mesmo representando queda expressiva, ainda é maior do que a do Distrito Federal.

"A queda é importante, mas ainda está se derrubando muita floresta na Amazônia", afirma Paulo Adario, diretor da Campanha Amazônia do Greenpeace.


A atribuição a redução do ritmo de devastação da Amazônia se deve às ações de fiscalização e combate, promovidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), pela Polícia Federal e pela Força Nacional de Segurança e, em menor medida, à oferta de alternativas sustentáveis para quem desmatava, como o apoio a planos de manejo, assistência técnica rural e a regularização fundiária.

Espero que um dia seja feito pela consciência de meio ambiente e que no próximo ano pelo menos 40% seja explicada pelas medidas de desenvolvimento sustentável.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Tirinha 2: Crítica ao desmatamento


Golfinhos no Japão

Já faz algum tempo que a Tay(ana Sancolie) me falou a respeito da matança de golfinhos no Japão. Fui atrás para ver do que se tratava... Eis o resultado:

No período que vai de setembro a março, pescadores da cidade de Taiji, localizada ao sul da ilha de Honshu, dão início à temporada de caça aos golfinhos. Aparentemente, esse "festival de sangue" ocorre todos os anos devido à forte tradição japonesa em consumo de produtos marinhos, já que os primeiros habitantes do arquipélago já dependiam do mar para sobreviver. O mais chocante é a violência desnecessária, o uso de facões e arpões em criaturas tão dóceis.

Água tingida de vermelho pelo sangue dos golfinhos


Detalhe da embarcação: pescadores utilizam arpões para puxar os animais para dentro do barco

Além de golfinhos, o Japão já é notório pelo abate de baleias minke para "fins científicos". A verdade é que esses cetáceos abastecem o sempre crescente mercado nipônico de carnes nobres. Em março desse ano, o canal por assinatura Animal Planet exibiu uma série de documentários mostrando os esforços da ONG Sea Shepherds, liderada pelo ramo mais "radical" de ativistas, para impedir o massacre causado por baleeiros japoneses. Ainda assim, são tímidos os esforços governamentais para acabar com esse triste hábito, principalmente por razões de diplomacia e soberania sobre águas internacionais.

A boa notícia é que os esforços civis contra a matança de golfinhos têm se tornado cada vez mais frequentes. No dia 21 de outubro ocorreu, no Festival Internacional de Cinema de Tóquio, a estreia do documentário The Cove ("A Enseada", referência à enseada de Taiji), do diretor americano Louis Psihoyos. O filme-documentário dividiu opiniões do público local, que agora começa a manifestar indignação perante tamanha crueldade.

Cena de The Cove (Imagem: Oceanic Preservation Society)

Fontes: Folha Online; Veja on-line; Terra

domingo, 1 de novembro de 2009

Olá, pessoal! Passando aqui só para deixar um site bem interessante, um que segue essa linha de ciências. É o http://www.scienceblogs.com.br/. Aproveitem e deem uma olhada nesses blogs: www.scienceblogs.com.br/rainha; http://www.scienceblogs.com.br/geofagos; www.scienceblogs.com.br/ecodesenvolvimento; www.scienceblogs.com.br/rastrodecarbono

Só não deixem de seguir a gente depois, por favor...

quinta-feira, 29 de outubro de 2009


Pois é...éis a pergunta: O mar está avançando ou nós estamos indo até ele?
Bem,creio que nós estamos indo até ele.Falando especificamente de maceió-Al que é uma cidade que está crescendo,por exemplo,vemos que a faixa de terra,ou seja,da praia está cada vez menor,agora já nem se precisa andar tanto para chegar até a água do mar e isso realmente é ruim pois,um dia em que o mar se revoltar como acontece em vários lugares ele irá arrastar tudo que estiver próximo.
Outro grande problema relacionado com o desenvolvimento aqui em maceió está na extinção da mata atlântica e do mangue,logo abaixo está o mapa de décadas atrás(1500) e o atual(2005) com relação a mata atlântica.



Agora outra pergunta: Por que fazemos isso com algo que é nossa riqueza?
Deixando extintos vários animais como é o caso do Sanguim e do Mico-leão-dourado?
dinheiro não deveria ser o mais importante mas infelizmente hoje é,e é por pensar assim que as coisas estão acontecendo,poderiam usar esse mesmo dinheiro com políticas para conscientização ambiental,para ajudar a preservação da terra.
Reflitam,pois a terra precisa de pessoas racionais e que a ajudem a suportar o que está acontecendo por nossa causa.Ainda há tempo.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Tirinha 1: ANTIECO

ANTIECO (anti, do grego: ação contrária, oposição; eco, também do grego: casa).
Utilizamos o termo ANTIECO com referência às pessoas que são contra a própria casa, a terra. Pessoas, não antiéticas, mas também antiéticas, pois destruir nossa casa, o planeta terra, é uma ação antiética sim.
É necessário ter consciência das nossas ações. Podemos agir de maneira contra a natureza sem percebermos, simplesmente pelo fato de não refletimos a nossa condição. Sou antieco? Estou destruindo minha casa?
A inconsciência não é inocência, Se eu sou inconsciente em relação as minhas ações não sou inocente, pois não apagará o fato da minha casa está sendo destruída por mim mesmo.
Resumindo: se eu sou inconsciente também sou culpado do meu planeta estar sendo aniquilado, e não podemos resumir apenas ao planeta, se sou inconsciente sou culpado por muitas ações no cotidiano.

domingo, 25 de outubro de 2009

Tartarugas em Maceió

Essa notícia já tem quase três meses, mas eu achei que seria bem conveniente para o post. A verdade é que a ideia de começar o blog veio desse tipo de fato, da necessidade de conscientizar o maior número possível de pessoas a respeito dos problemas ambientais. Vamos lá!

No começo de agosto, cinco tartarugas marinhas foram encontradas mortas na orla de Maceió, aqui em Alagoas. Os animais morreram devido ao uso indevido de redes para camarão, já que os pescadores locais estavam trabalhando muito perto da costa, desrespeitando instruções do Ibama. Isso é só um exemplo do que a falta de fiscalização constante pode fazer, especialmente num litoral tão extenso quanto o brasileiro. Nós definitivamente precisamos de mais apoio...

Pesquisadores observam carcaça de uma das tartarugas (Imagem: Folha Online)

Fonte: Folha Online/João Paulo Gondim

Darwinius masillae

Este é o Darwinius masillae(encontrado em 1983) o único fóssil encontrado do gênero Darwinius(tem esse nome em homenagem a Darwin por causa do seu bicentenário) que pertence aos adapiformes,ou seja,famílias extintas de primatas.Foi tido com um ''elo perdido'' que desafiaria o que se sabe sobre a evolução humana,no entando,ele está longe de ser um ancestral do ser humano,mas ele se assemelha ao lêmure atual.O lêmure tem 47 milhões de anos e pertence a um ramo na árvore genealógica totalmente diferente dos primatas e que não deixou nenhum descendente conhecido segundo pesquisas.
O fóssil apelidade de ''IDA'' foi visto como uma relíquia de um momento crítico das ramificações na evolução humana,porém esse ''elo'' deixa dúvidas já que ele está não deixou descendentes e está longe de ser parecido com os primatas que são realmente nossos ancestrais.

domingo, 18 de outubro de 2009

Metano vindo das profundezas

Uma expedição científica liderada pelos pesquisadores Graham Westbrook, da University of Birmingham, e Tim Minshull, do National Oceanography Centre, em Southampton (ambos no Reino Unido), descobriu mais de 250 colunas de gás metano sendo borbulhadas a partir do fundo do mar, a oeste do arquipélago de Svalbard, ao norte da Noruega. Acredita-se que o gás esteja vindo de reservas de hidrato de metano aprisionado abaixo do solo oceânico.

Ainda é desconhecido se tal fenômeno ocorre naturalmente, mas o crescente aumento da temperatura oceânica pode estar relacionado com a aceleração do processo, haja vista que os hidratos são estáveis somente em baixas temperaturas. Mesmo que o gás se dissolva antes de chegar à superfície, uma maior concentração de metano no mar aumenta significativamente a acidez da água, já que parte do mesmo é convertida em CO2.

O mais preocupante é que todo o arquipélago pode ser responsável pela emissão de cerca de 20 megatoneladas de metano ao ano, e tamanha quantidade de gás poderia ser aproveitada como combustível, já que polui menos que a gasolina. O grande desafio seria a captação desse hidrocarboneto sem que o mesmo escapasse para a atmosfera.

Imagem de sonar mostrando as colunas se desprendendo do solo (Imagem: National Oceanography Centre)

Fonte: Revista New Scientist - http://www.newscientist.com/

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Respectivamente:Lixo comum,Vidro,Metal,Plástico e Papel.


Reciclagem qual o seu significado? Segundo o aurélio é o tratamento de resíduos,ou de material usado,de forma a possibilitar a sua reutilização.Porém não é só isso... Reciclar é também ajudar o ambiente a suportar a carga de materiais que são utilizados e que podem ser usados novamente usando um pouco de bom senso e criativadade para isso. Podemos começar não jogando aquelas plásticos ou papéis de balas no chão e ao invés disto guardá-los e jogá-los em lixeiros,assim estamos ajudando a não deixar nossa cidade suja,a não entupir os boeiros causando enchentes,sim enchentes pode parecer exagero mas não é,além de estarmos ajudando a não poluir o ambiente. Estamos caminhando à passos largos para um mundo cada vez mais sujo,sem oxigênio,sem recursos naturais,sem água... Se olharmos o antes e o HOJE veremos a diferença do que está se tornando nossa querida Terra. É um clichê o que vou dizer mas...O PLANETA ESTÁ EM NOSSAS MÃOS,e vamos deixá-lo sangrar até à morte sem tentar estancar a ferida?!

sábado, 10 de outubro de 2009

Só começando...

A exemplo de minha colega de blog, vou fazer esse meu primeiro post mostrando um ser pouco conhecido pelas massas humanas que pululam pelo globo (pelas pessoas). Por enquanto é só isso. Da próxima vez eu coloco alguma coisa pra vocês pensarem.

Esse bichinho lindo é o tardígrado, animal que possui características tanto de artrópodes como de anelídeos, sendo geralmente classificado em um filo especial, o Pararthropoda. O legal sobre ele é a sua habilidade de entrar em estado latente, criptobiose, tornando-o virtualmente indestrutível. Só como exemplo, esse animal milimétrico vive mais de 100 anos, pode passar uma década sem água e sobrevive no vácuo... Esse nem Jack Bauer mata (piada sem graça).

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

PLANETA

Existem hoje diversos animais que nem conhemos,um exemplo é o nudibrânquio,um gastrópode ou melhor molusco como a lesma-do-mar.Porém nós insistimos em tentar deixá-los em extinção.O planeta pede socorro e precisamos tentar salvá-lo.Hoje quando alguém fala isso dizem que é caretice,mas não é,o problema é que não gostamos do que nos incomoda,por isso deixamos pra lá e tentamos esquecer,ou melhor,não ligamos mesmo...o planeta morrendo e nós com cara de bobos esperando isso acontecer.E nossos filhos,netos como ficam?! Vão respirar por máscaras de oxigênio?!Não é isso que eu penso pro futuro não.Bem,abram olho...