sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Os verdadeiros assassinos do mar

Tubarão retalhado (Imagem: Andi Voeltz)

Finning é uma prática de pesca cruel e destrutiva, na qual o tubarão é capturado e suas barbatanas cortadas. O resto do animal é jogado de volta ao mar, onde acaba morrendo. A cada ano, o número de tubarões mortos por esta prática chega a 100 milhões. As barbatanas de tubarão são consideradas uma iguaria em algumas partes do mundo, principalmente no leste asiático, onde uma sopa das mesmas pode chegar a valer 100 dólares, tornando este tipo de pesca um grande negócio. Com o aumento populacional na Ásia, esta atividade se torna cada vez mais comum.


Nos últimos anos, alguns países, como os Estados Unidos, já proibiram o finning de tubarões. Mas esta proibição é muito difícil de ser implementada em outros locais, principalmente porque esses peixes migram regularmente entre as fronteiras internacionais. A retirada das barbatanas é, no entanto, ainda praticada em muitas partes do mundo, entre pontos extremos, como a América do Sul e a Austrália, contribuindo para o declínio das espécies. O tubarão-azul, por exemplo, está em grave perigo de extinção – algumas autoridades estimam que 90% das barbatanas retiradas são desta espécie.


Barbatanas secando ao sol (Imagem: DCI; Seapics.com)

No caso do Brasil, embora o finning seja proibido, há uma brecha na lei que o permite se o restante da carcaça for aproveitada. Resumindo: o comércio de todo o tubarão (cação), encobre o crime de corte das barbatanas. E já que estas são o alvo dos pescadores, o preço final do que é destinado à nossa população é reduzido, haja vista que ela se alimenta do "resto" do peixe, o que só contribui para a pesca predatória.

Fonte: Discovery Brasil

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