domingo, 21 de março de 2010

Novas espécies na antártida


Crustáceo de 100mm está entre as espécies encontradas.

Um grupo de cientistas internacionais descobriu diversas novas espécies na Antártida, que estão colonizando áreas onde duas geleiras romperam devido ao aquecimento global. Os pesquisadores alertam que o ecossistema da região está mudando de forma dramática.

Antes do desaparecimento da camada de gelo de 200 metros de espessura, o solo marinho em Larsen era muito diversificado, da rocha ao barro, o que se refletia também na alta diversidade biológica dos animais que viviam no sedimento, embora quantitativamente sua abundância fosse de apenas 1% se comparado com outras regiões do Mar de Weddell.

Julian Gutt, diretor científico da expedição Polarstern e biólogo marinho do Instituto Alfred Wegener para a Pesquisa Polar e Marinha, disse que "o colapso das camadas Larsen pode ensinar sobre os impactos de mudanças induzidas pelo clima na biodiversidade marinha e no funcionamento do ecossistema".

Os pesquisadores recolheram mostras de cerca de mil espécimes durante as 10 semanas que durou a viagem e acreditam ter descoberto 15 novas espécies de anfípodes (animais semelhantes a lagostas). Também foram encontradas quatro novas espécies de cnidários (organismos relacionados a corais, medusas e anêmonas do mar), entre eles possivelmente uma nova anêmona que vive de forma simbiótica com um caracol do mar.

Outra surpresa da expedição foi a rapidez com a qual o novo habitat está sendo utilizado e colonizado por baleias minke em densidades consideráveis. "Isso significa que o ecossistema na água mudou de forma considerável", acrescentou a doutora Meike Scheidat.

No entanto, Chapelle advertiu que o aquecimento das águas mais produtivas do planeta já está causando uma diminuição na produção de krill, pequenos crustáceos que são o alimento fundamental de outros animais maiores.

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