sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A família dos singnatídeos

Peixe-pipa

Essa família envolve os cavalos-marinhos e os peixes-pipa, esse grupo taxonômico se desenvolce por viviparidade, todos os vertebrados se reproduzem dessa forma, com exceção das aves. A viviparidade é definida como o nascimento de filhotes bem desenvolvidos e ativos e está associada com a fecundação interna e o desenvolvimento embrionário e fetal no interior do corpo de um dos pais.

Casos raros


Sempre que se fala em viviparidade, pensamos logo na incubação da prole no corpo das fêmeas. Há, contudo, alguns casos extremamente raros em que o desenvolvimento embrionário pode se processar no corpo de machos.
Alguns exemplos desse tipo incomum de incubação ocorrem em duas espécies de pequenos e ameaçados anfíbios habitantes do sudoeste da América do Sul e conhecidos como sapos de Darwin (gênero Rhinoderma). Esses animais apresentam fertilização externa e seus embriões se desenvolvem por cerca de 20 dias no meio ambiente até se transformarem em girinos e serem capturados e mantidos em expansões bucais dos machos, conhecidas como sacos vocais, até sua metamorfose.

Em algumas espécies de singnatídeos, os machos mantêm os embriões em desenvolvimento em uma bolsa de incubação especializada existente na superfície de seus abdomes ou caudas. Esses locais apresentam modificações morfológicas e fisiológicas semelhantes às encontradas nas fêmeas vivíparas.

A gestação e depois


O período de gestação dos signatídeos possui uma enorme variação, podendo alcançar de 9 a 69 dias, dependendo da temperatura ambiental. Após a gestação, a pseudoplacenta dos machos é eliminada juntamente com os as formas jovens, que passam então a depender somente de si para o desenvolvimento futuro. Não há, portanto, entre os signatídeos qualquer forma de cuidado paternal (ou maternal) da prole.
A regulação hormonal da reprodução dos signatídeos depende da prolactina, um hormônio da hipófise que está relacionado com a osmorregulação, com o desenvolvimento, com as respostas imunes e com a reprodução nos vertebrados. Nos signatídeos, o bloqueio da síntese de prolactina causa abortos e a eliminação dos tecidos associados com a reprodução.


A testosterona e outros hormônios esteroides masculinos regulam o início da incubação nos signatídeos. Os esteroides femininos, como o estradiol e a progesterona, por sua vez, também controlam o desenvolvimento embrionário nessas espécies de peixes. Contudo, são necessárias pesquisas para verificar como se comportam os níveis desses hormônios durante a incubação masculina.
O estudo desses animais pode gerar dados essenciais para a compreensão desse processo em nossa própria espécie. Além disso, esses simpáticos peixes oferecem uma oportunidade para que possamos investigar o processo de seleção sexual e compreender melhor o papel masculino na reprodução.

Fonte: Ciência hoje

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